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92% das compras de automóveis no Brasil se iniciam na internet.

29/04/2025
Postado por: Murilo Moreno

Se o vendedor não responder o lead em cinco minutos, a possibilidade da venda diminui 80%. A jornada do consumidor mudou e, hoje em dia, as fase de descoberta e de consideração são digitais. Essas são parte das conclusões que chegamos, durante minha palestra para a equipe de vendas e pós vendas da Hyundai CAOA.

JAN TELECKI foi muito claro em seu pedido: Precisamos repassar os processos de vendas com os gerentes das lojas de todo o Brasil. Ajudá-los a sair do automático e com isso atingir novos patamares de vendas. Não podia ser melhor. Tudo o que adoro.

A CAOA é um dos maiores grupos automotivos do Brasil. Além das quatro marcas que distribui, ainda é a montadora dos Chery. Ou seja, tem um chapéu duplo: fabrica e comercializa seus próprios produtos. E isso traz uma vantagem enorme. Falar diretamente com o público permite ser mais assertivo no que oferecer ao mercado. Veja o exemplo da Apple. Fabrica e vende, em suas próprias lojas. Isso dá uma agilidade na empresa em entender o que os clientes querem, pois é um nível a menos na relação empresa x consumidor final.

Lógico que, no caso da Hyundai, ela só comercializa os automóveis da coreana. Mas conhecimento é conhecimento. Uma vez que se aprende, não some do dia pra noite. E as dúvidas e desejos do consumidor são praticamente os mesmos quando ele chega em frente ao vendedor de qualquer marca.

Só que a postura mudou. Até dez anos atrás, o cliente visitava mais de seis concessionárias antes de bater o martelo. Hoje, a média é 1,7. Ou seja, se não fechar na primeira, compra na segunda. Por que isso? Porque as demais visitas são totalmente digitais. E, no processo de escolha, vão ficando pelo caminho as lojas que não se adequaram à nova jornada.

A CAOA reconhece essa mudança e tem preparado seus times pra esse novo consumidor. E isso é o começo...

É... adoro palestrar. Ainda mais pra pessoas que querem mudar o mundo.

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Postado por: Murilo Moreno
Andando nos corredores do Supermercado Mateus, achei estranha a gôndola onde só havia produtos de flocos de milho, os famosos corn flakes, da Nestlé.

Onde estava Sucrilhos? Mais dez passos e descobri uma outra gôndola só da marca Kellogg's. Mesmo tamanho, o que representa quase a realidade do mercado, já que as duas disputam a liderança.

Ninguém fala claramente quem é a número um. É um segmento em que o silêncio é a resposta. Mas uma coisa é clara: Sucrilhos foi líder disparada por anos e anos e conseguiu perder espaço pra fabricante suíça, que virou uma empresa de fazer lançamentos. Agora, parece que a antiga líder acordou do sono.

Creio que nunca vi tanto movimento da marca do Tigre. Num ano só já relançou seus biscoitos recheados, misturou o corn flakes tradicional com o de chocolate, numa edição limitada, botou na rua uma promoção para gamers e criou uma versão com a Ovomaltine. Isso tudo, sem contar que o Tony, o nome oficial do tigre, ganhou uma versão 3D num novo comercial, lá no início de 2025.

Talvez esses movimentos já sejam resultado das mudanças que foram feitas no final de 2023. Naquela data, a empresa se quebrou em duas. Os Isteites passaram a ser uma, separada do resto do mundo. A americana nem bem foi criada e já foi vendida para a italiana Ferrero, aquela empresa dos Kinder Ovos. A outra divisão se renomeou Kellanova e parece que partiu para o ataque. É como filho pequeno que está aprendendo a andar de bicicleta. Na hora que tira as rodinhas, balança, balança, mas aprende a se equilibrar.

Nestle não é empresa de ficar parada vendo o concorrente se movimentar. Isso significa que essa aula de marketing ao vivo ainda deve ter novas lições vindo por aí. De toda forma, é sempre interessante ver como empresas e marcas são como serem vivos.

Sucrilhos existem desde 1959, quando chegou em Terra Brasilis. Kellog's já passou dde cem anos. Pela disposição, tem muitos anos vindo por aí.

24/10/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Final do expediente do dia 09 de novembro, quando os funcionários da Eletrobras sairem pelas portas da empresa, será a última vez que eles farão isso.

Dia 10, quando chegarem novamente pra trabalhar, entrarão na Axia Energia. Nenhum prédio vai mudar, nenhuma novidade será lançada, mas ainda assim, tudo será novo.

Com essa mudança, vai faltar pouco pra ser apagado, de vez, o passado das grandes estatais brasileiras. Embratel morreu. Correios está, novamente, em crise. Petrobras sobrevive, como a exceção que confirma a regra. Elas têm sido substituídas por órgão reguladores, e o Governo tem deixado o trabalho para a iniciativa privada.

A Axia é dona de 22% da geração de energia das Terras Brasilis. Ou seja, uma em cada cinco casas ou empresas tem luz devido a uma usina da empresa. Mais importante ainda, 38% da transmissão é feita pelos seus fios. O que significa que ela transporta muita energia de muitos dos seus concorrentes. Tudo é exageradamente grande, na maior empresa do setor na América Latina.

Confesso que olho pro novo nome e não consigo ter sentimento nenhum a respeito. Eletrobras vem acompanhado de centenas de conceitos e percepções, para mim. Por mais que a gente não veja a palavra estampada todos os dias na nossa frente, 63 anos de existência geram uma lembrança de marca significativa. Axia, na minha mente, é uma página em branco. Tem muito que fazer para começar a ser reconhecida.

De toda forma, entre os motivos de Rebranding, este talvez seja um dos mais válidos: querer deixar o peso de ex-estatal pra trás e passar a ser vista como uma empresa privada como outra qualquer.

Olho e meu lado racional consegue entender a mudança. Mas, no fundo, o Bichinho de Marketing que vive dentro de mim está um pouco triste. Emocionalmente, é um pouco do meu mundo que se vai...

23/10/2025
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Postado por: Murilo Moreno
Definitivamente, não sou rico.

E devo morrer pobre. Então, o único lugar que vou ver o novo cartão de crédito da Mastercard vai ser nas notícias e no site da empresa. O foco dela é claro: ganha mais de noventa mil reais por mês? Tá dentro... ganha menos? Entra na fila...

É o Mastercard World Legend, lançado esta semana, com pompa e circunstância. Mais interessante? Brasil é o segundo país do mundo a ganhar o mimo, depois dos Isteites.

Lendo e vendo os comentários a respeito, é um cartão "mais do mesmo", para quem não precisa de crédito. Vai oferecer experiências exclusivas, em viagens, restaurantes, hotéis e por aí vai... O sucesso vai depender da capacidade de realmente criar coisas diferentes. Já está prometendo shows minimalistas, exposições de arte exclusivíssimas, atendimento diferenciado em restaurantes Michelin e por aí vai...

Acontece que em julho a Visa tinha lançado um cartão, o Visa Infinite Privilege, em que o sarrafo é ainda mais alto. Noventa mil é trocado. Aqui o mínimo é R$ 350 mil de salário por mês. E, pra atraí-los, até helicóptero grátis de SP para Guarulhos eles estão oferecendo.

Estamos falando de pouco mais de 1% da população que pode sonhar com essas novidades. São pouco mais de dois milhões de pessoas, mas que concentram mais de 27% do dindin que circula no país. Vale a pena o esforço.

Pena que a Anitta não vai poder usá-lo, pois o Mercado Pago não vai emitir o novo Mastercard World Legend. Ponto pro Luciano Huck, já que o Itaú está entre os autorizados. Que são só sete. Fora o banco do apresentador das tarde de domingo, Banco do Brasil, BTG, C6, PicPay, são aqueles que poderão convidar seus clientes. Interessante ver que Bradesco e Santander ficaram de fora da festa. Foram substituídos por cooperativas: Sicoob e Sisprime. Deve ser onde o dinheiro está...

Agora é ficar de olho nos próximos movimentos... Será que Elo também vai lançar um super ultra master plus cartão?

 

 

22/10/2025
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